segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Experimento de Pasteur (Pescoço de Cisne)

Pasteur após estudar uma forma de provar que a teoria da biogênese era verdadeira, cria o "pescoço de cisne", que foi uma vidraria que ao ser aquecida foi moldada de forma que fosse possivel possibilitar a entrada do ar mas sem que fosse possível a entrada de microrganismos.



Fases do Experimento:
(Conforme figura ao lado)

1- É adicionado o caldo nutritivo em um frasco de vidro que em seguida é fervido, o frasco permite a entrada de ar mas que devido a sua curva no bocal impede a entrada de microrganismos.

2- Após o fervimento o caldo ficou em repouso até resfriar, ainda dentro do frasco o caldo foi analisado e constatado que não houve contaminação, o líquido permaneceu estéril.

3- Foi realisado novamente a fervura no mesmo recipiente contendo a mesma substância do teste anterior.

4- Porém desta vez, é quebrado o gargalo que anteriormente impossibilitava a entrada de microrganismos.

5- Agora sem a curva na entrada do frasco, os microrganismos foram capazes de entrar no frasco, ocasioando o crescimento microbiano e consequente contaminação do caldo.

Conclusão: Os microrganismos não surgem a partir de uma substância nutritiva, ele está presente em todos os lugares, porém se fervermos e pasteurizarmos uma substância, em seguida impedir o acesso deles no recipiente ou substância, o conteúdo permanecerá estéril, tanto é que o experimento original de Pasteur, ainda hoje está em exposição



Fonte da Imagem: http://static.infoescola.com/wp-content/uploads/2009/08/full-1-fae80380e4.jpg

Breve História da Microbiologia

As primeiras observações

-Robert Hooke observou que amostras de cortiça eram compostas de "pequenas caixas", vindo assim a introduzir o conceito de célula em 1665.

-A partir dessa observação de Hooke, foi criada a idéia da teoria celular, que dizia que todas as coisas vivas são compostas por células.

-Antoni van Leeuwenhoek, foi o primeiro a observar os microrganismos em 1673, utilizando de um microscopio muito simples de criação própria.

Teorias criadas a partir da idéia da Geração Espontânea (Abiogênese):

-Até metade de 1880, muitas pessoas acreditavam na geração espontânea, a ideia de que os organismos vivos poderiam surgir a partir da matéria não-viva, ou seja, um rato poderia nascer a partir de roupas velhas, moscas nasciam de dejetos fecais;

-Francesco Redi, demonstrou que larvas de insetos surgiam na carne em decomposição somente quando moscas depositavam seus ovos sobre a carne, ou seja, moscas não nasciam da carne (1668);

-John Needham declarou que os microrganismos poderiam aparecer espontaneamente em caldos nutritivos fervidos, pois logo ao ferver caldos que continham nutrientes capazes de propiciar o crescimento e desenvolvimento de microrganismos, esse caldo estragava, John achava que isso ocorria devido ao fervimento, mas na realidade os nutrientes do caldo serviam de combustível para os organismos presentes no ar se desenvolverem rapidamente nesse caldo (1745);

-Lazzaro Spallanzani repetiu os experimentos de Needham e sugeriu que os resultados de Needham eram devido aos microrganismos presentes no ar, que entravam em contato com o meio nutriente, vindo a contaminar o caldo nutritivo (1765);

-Rudolf Virchow introduziu o conceito da biogênese, que defendia a idéia de que células vivas somente podem surgir a partir de células preexistentes (1858);

-Louis Pasteur demonstrou que os microrganismos estão presentes no ar e em todos os lugares e ofereceu provas para a teoria da biogênese (1861);

- As descobertas de Pasteur levaram ao desenvolvimento de técnicas de assepsia, utilizadas em laboratórios e nos procedimentos médicos para prevenir a contaminalçao pelos microrganismos não desejados.


A idade de Ouro da Microbiologia!

Os rápidos avanços na ciência da microbiologia foram obtidos entre 1857 e 1914.

Pasteurização e Fermentação:
Pasteur descobriu que as leveduras fermentavam o açúcar transformando-o em álcool e que as bactérias podem oxidar o álcool a ácido acético (vinagre). Um processo de aquecimento, denominado pasteurização (Pasteur), é utilizado para matar bactérias em algumas bebidas alcoólicas e no leite.

Teoria do Germe da Doença:
Agostino Bassi (1835) e Pasteur (1865) mostraram uma forte relação entre os microrganismos e as doenças, ou seja, microrganismos poderiam vir a ser causadores de doenças.

-Joseph Lister introduziu o uso de um desinfetante para a limpeza das roupas cirúrgicas, a fim de controlar as infecções nos pacientes, teve grande eficiência, cairam em grande escala as taxas de contaminação cirúrgica da época (1860)

-Robert Koch provou que os microrganismos causam doenças. Ele utilizou uma série de procedimentos, chamados de postulados de Koch (1876), que são utilizados até hoje para provar que um determinado organismo causa um determinado tipo de doença, esse postulado baseia-se em retirar um microrganismo de um ser-vivo infectado e doente, e inseri-lo em um ser-vivo sadio, a fim de constatar que tal doença foi exclusivamente causada devido a injeção do microrganismo contagioso no ser-vivo.

Depois dessa série de novidades, onde pessoas jamais pensariam que haviam outros habitantes no mundo, muito mais numerosos e muito mais pequenos, capazes de inúmeras coisas, desde causar doenças até uma fermentação, sendo capaz de realizar processos químicos e vir a ser útil para diversas funcões para a humanidade.


O que é um Vírus?

Vírus são os únicos organismos acelulares da Terra atual.



Definição:

     Vírus é um pequeno agente biológico que utiliza de sua estrutura celular para automultiplicar-se, além de ser um organismo infeccioso capaz de causar doenças em animais e vegetais.
     Eles são formados principalmente, por proteínas e ácidos nucleicos, são seres acelulados e que só têm condições de realizar suas atividades vitais quando estão no interior de células vivas. Sendo assim considerados parasitas intracelulares obrigatórios. 

Reprodução:

     Eles necessitam de outros organismos para se reproduzir, são somente capazes de reproduzir-se através de uma célula viva em dois ciclos:
-Ciclo lítico: material genético do virus é replicado e ocorre síntese de proteínas virais, dando origem a novos virus e ligando a célula.
-Ciclo lisogênico: material genético do virus é incorporado ao DNA da célula hospedeira, isto é, torna-se parte da célula hospedeira.

Doenças causadas por Vírus:

     Gripe e resfriado comum, sarampo, catapóra, rubéola, caxumba, poliomelite, febre amarela, hepatite, dengue, AIDS.

     Quando ouvimos falar de vírus, logo pensamos em algo ruim, mas atualmente os estudos provaram ao contrário, pois é possível fazer tratamento de doenças virais a partir da vacinação viral, que é uma vacina sintetisada atrávez de vírus inativados ou atenuados, que quando aplicados no homem estimulam o organismo a exercer uma atividade imunológica humoral e/ou celular.

Ciclos de vida de um vírus:

1. Entrada do vírus na célula: ocorre a absorção e fixação do vírus na superfície celular e logo em seguida a penetração através da membrana celular.
2. Eclipse: um tempo depois da penetração, o vírus fica adormecido e não mostra sinais de sua presença ou atividade.
3. Multiplicação: ocorre a replicação do ácido nucléico e as sínteses das proteínas do capsídeo. Os ácidos nucléicos e as proteínas sintetizadas se desenvolvem com rapidez, produzindo novas partículas de vírus.
4. Liberação: as novas partículas de vírus saem para infectar novas células sadias.

Vírus, seres vivos ou não?
     
     Vírus não têm qualquer atividade metabólica quando fora da célula hospedeira: eles não podem captar nutrientes, utilizar energia ou realizar qualquer atividade biossintética. Eles obviamente se reproduzem, mas diferentemente de células, que crescem, duplicam seu conteúdo para então dividir-se em duas células filhas, os vírus replicam-se através de uma estratégia completamente diferente: eles invadem células, o que causa a dissociação dos componentes da partícula viral; esses componentes então interagem com o aparato metabólico da célula hospedeira, subvertendo o metabolismo celular para a produção de mais vírus.
      Há grande debate na comunidade científica sobre se os vírus devem ser considerados seres vivos ou não, e esse debate e primariamente um resultado de diferentes percepções sobre o que vem a ser vida, em outras palavras, a definição de vida. Aqueles que defendem a ideia que os vírus não são vivos argumentam que organismos vivos devem possuir características como a habilidade de importar nutrientes e energia do ambiente, devem ter metabolismo (um conjunto de reações químicas altamente inter-relacionadas através das quais os seres vivos constroem e mantêm seus corpos, crescem e performam inúmeras outras tarefas, como locomoção, reprodução, etc.); organismos vivos também fazem parte de uma linhagem contínua, sendo necessariamente originados de seres semelhantes e, através da reprodução, gerar outros seres semelhantes (descendência ou prole), etc.
     
     Os vírus preenchem alguns desses critérios: são parte de linhagens contínuas, reproduzem-se e evoluem em resposta ao ambiente, através de variabilidade e seleção, como qualquer ser vivo. Porém, não têm metabolismo próprio, por isso deveriam ser considerados "partículas infecciosas", ao invés de seres vivos propriamente ditos. Muitos, porém, não concordam com essa perspectiva, e argumentam que uma vez que os vírus são capazes de reproduzir-se, são organismos vivos; eles dependem do maquinário metabólico da célula hospedeira, mas até aíi todos os seres vivos dependem de interações com outros seres vivos. Outros ainda levam em consideração a presença massiva de vírus em todos os reinos do mundo natural, sua origem - aparentemente tão antiga como a própria vida - sua importância na história natural de todos os outros organismos, etc. 
     Conforme já mencionado, diferentes conceitos a respeito do que vem a ser vida formam o cerne dessa discussão. Definir vida tem sido sempre um grande problema, e já que qualquer definição provavelmente será evasiva ou arbitrária, dificultando assim uma definição exata a respeito dos vírus.

http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/biovirus.php